NOTICIÁRIO Terça-feira, 01 de Novembro de 2022, 17:22 - A | A

Terça-feira, 01 de Novembro de 2022, 17h:22 - A | A

LÍDER DA DIREITA

Bolsonaro se pronuncia, não cita Lula e descredencia bloqueio de estradas

Da Redação

Após dois dias de um silêncio que ajudou a mobilizar militantes bolsonaristas em torno do bloqueio de rodovias em vários estados do país, o presidente Jair Bolsonaro veio à público na tarde desta terça-feira, 1, para um pronunciamento de pouco mais de dois minutos. O mandatário limitou-se a agradecer os 58 milhões de votos que recebeu no último dia 30, a afirmar que cumprirá a Constituição e a descredenciar o bloqueio de rodovias.

O presidente disse que “as manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.”

Bolsonaro lembrou a ampliação da bancada da direita bolsonarista no Congresso Nacional, enalteceu a direita e reafirmou o slogan inspirado na Ação Integralista Brasileira, um movimento fascista liderado por Plínio Salgado nos anos 30: “Deus, Pátria e Família”.

Em outro trecho de seu breve discurso, o presidente refutou a pecha de antidemocrático, afirmando que sempre jogou “dentro das quatro linhas da Constituição”, frase que se habituou a proferir nos momentos em que defendia práticas antidemocráticas, como a defesa do fechamento do STF ou a cassação de ministros da Suprema Corte.

E finalizou seu discurso apropriando-se de princípios constitucionais, como se a oposição ao seu governo defendesse teses opostas. “É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.” 

Em nenhum momento Bolsonaro fez menção ao seu adversário, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que assume o governo no próximo dia 1 de janeiro.

 

Veja a íntegra do discurso de Jair Bolsonaro:

 

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.

Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais.

Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.



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