A Pró-reitoria de Administração e Infraestrutura (Proadi) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiu deixar fechada entre os dias 9 de janeiro e 6 de fevereiro a guarita dois do campus Cuiabá. A ação, conforme comunicado, ocorre como medida de segurança. O fechamento teve início às 14 horas desta segunda.
A decisão foi tomada depois que o Diretório Central dos Estudantes comunicou à reitoria da UFMT sobre um áudio que circula pelo WhatsApp, no qual bolsonaristas ameaçam atacar a sede da Universidade na Capital. O ato seria uma reação a prisão de 1200 pessoas pelos atos terroristas verificados em Brasília neste domingo. Os prédios do Supremo Tribunal Federal, Congresso Nacional e Palácio do Planalto foram invadidos e depredados por bolsonaristas, que não aceitam o governo Lula e pedem a intervenção militar.
“A guarita 2, voltada para o bairro Boa Esperança na Avenida Edgar Vieira, estará fechada até o início das atividades do semestre letivo”, diz trecho do comunicado.
O Diretório Central dos Estudantes pediu que a reitoria acionasse a Polícia Federal e também a Polícia Militar para garantir a segurança dos servidores e pesquisadores que transitam pelo campus, uma vez que os discentes estão no período de férias.
Ato terrorista
Em virtude da depredação em Brasília, a UFMT se pronunciou sobre os atos de vandalismo ocorridos na capital federal.
“A UFMT repudia os atos de vandalismo e violência ocorridos na data de 08 de janeiro de 2023 em Brasília. A afronta ao patrimônio público e as instituições nacionais é intolerável em uma República Democrática. Os extremistas e todos aqueles que colaboraram para que ocorressem os atos vistos, que colocam em risco a instituições nacionais, não representam o povo brasileiro e menos ainda os interesses da nação. A UFMT apoia todas as medidas que protejam a sociedade brasileira e a rigorosa apuração dos atentados contra as nossas instituições. Ao manifestar-se em favor da ordem e do respeito à Constituição Nacional, a UFMT segue na defesa do Estado Democrático de Direito, da liberdade, do patrimônio público e da construção de um país de paz”, diz a nota.