As obras do sistema de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande serão discutidas em sessões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) nas próximas semanas. O Consórcio Construtor BRT Cuiabá e o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Oliveira, prestarão esclarecimentos sobre o andamento dos trabalhos.
As sessões de convocação resultam de requerimentos apresentados pelo deputado Lúdio Cabral (PT). O consórcio será ouvido em 27 de fevereiro, enquanto o secretário se pronunciará em 17 de março.
Lúdio Cabral destacou que o contrato firmado entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e o consórcio, orçado em R$ 468 milhões, está em foco devido às declarações do governador Mauro Mendes sobre atrasos atribuídos ao consórcio. A empresa, por sua vez, contestou essas alegações. Segundo comunicado da Secretaria de Comunicação, apenas 18% das obras foram concluídas, enquanto dados do Sistema Fiplan indicam que cerca de 33% do valor contratual já foi pago. O deputado chamou atenção para o caos no trânsito causado pelas obras e a "guerra de narrativas" acerca dos atrasos.
Paralelamente, o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), solicitou informações detalhadas sobre o cronograma da obra ao secretário Marcelo Oliveira. Seu requerimento busca elucidar os motivos dos atrasos, valores desembolsados, penalidades para o consórcio, e a situação do trecho específico na Avenida do CPA.
Max Russi enfatizou a importância do projeto do BRT para a mobilidade urbana e a necessidade de esclarecimentos para assegurar a transparência na utilização dos recursos e cumprimento dos prazos estabelecidos. O acompanhamento das obras é visto pelo Poder Legislativo como essencial para proteger os interesses dos cidadãos de Cuiabá e Várzea Grande.
Esses diálogos visam esclarecer as dúvidas sobre a evolução do projeto e mitigar os transtornos enfrentados pela população devido às intervenções.