NOTICIÁRIO Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025, 14:23 - A | A

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DIPLOMACIA

Em Roma, Lula defende pacto global contra a fome e comenta cenário político brasileiro

Da Redação com Abr e portais

Com base em informações publicadas pela Agência Brasil e outros portais de notícias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após participar da abertura do Fórum Mundial da Alimentação em Roma, na Itália, concedeu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13) onde abordou temas de política externa e interna. Durante sua fala, Lula classificou o combate à fome como uma questão de vontade política, e detalhou o perfil que busca para o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O principal foco de seu discurso foi a insegurança alimentar, tema central do evento promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Para o presidente, a solução para a fome não reside na capacidade de produção, mas na decisão política dos líderes globais.

“Se houver interesse político dos governantes do mundo inteiro, se encontrará um jeito de colocar o café da manhã, o almoço e a janta para o povo pobre do mundo inteiro”, destacou Lula. Ele argumentou que os recursos existem, mas são mal distribuídos.

Para ilustrar seu ponto, o presidente contrastou os gastos militares globais com o investimento necessário para erradicar a fome. “Não tem explicação o mundo rico gastar US$ 2,7 trilhões em armamentos e, com apenas 12% disso, US$ 300 e poucos bilhões, a gente poderia dar comida a 763 milhões de seres humanos que passam fome.”

Lula afirmou que o planeta já produz alimentos em quantidade suficiente para suprir a demanda. “Hoje, nós produzimos quase duas vezes o alimento necessário. Não basta produzir, é preciso consumir, é preciso chegar até as pessoas. E fazer com que as pessoas recebam esse alimento. E é preciso ter renda”, explicou.

Ele conectou a persistência da fome a uma estrutura econômica que gera iniquidade. “O mundo é desigual porque a economia, tal como ela é pensada, leva a um mundo desigual”, declarou.

Ao final de sua explanação sobre o tema, o presidente brasileiro se comprometeu a continuar levantando o debate sobre as desigualdades em todas as suas participações em eventos internacionais.

“Podem gostar ou não gostar, mas, em todos os fóruns em que eu participar, os dirigentes políticos vão me ouvir falar da desigualdade racial, da desigualdade de comida, da desigualdade do salário, da desigualdade de tudo”, concluiu.

O presidente foi questionado sobre o anúncio antecipado de aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, do STF. Lula considerou a decisão "precipitada".

“Imaginava que ele iria se afastar, mas que iria demorar um pouco mais”, comentou.

Sobre a escolha de um substituto, Lula afirmou que o critério principal será a qualificação técnica e o compromisso com a legislação brasileira, descartando uma indicação baseada em relações pessoais.

“Quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, mas quero uma pessoa que seja, antes de tudo, gabaritada para ser ministro da Suprema Corte”, afirmou.

Ele reforçou que não busca indicar um nome de sua confiança pessoal. “Não quero um amigo, quero um ministro da Suprema Corte que terá como função específica cumprir a Constituição brasileira. É essa a qualidade que eu quero. É a única que eu quero”.

Lula finalizou o assunto informando que o processo de escolha terá início após seu retorno ao Brasil. “Quando chegar ao Brasil, vou conversar com muita gente do meu governo, vou tomar uma decisão e vou anunciar”, disse.



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