O Governo de Mato Grosso foi procurado por um suposto representante da Davati, identificado como Helder Mello, para aquisição de vacinas Janssen, da fabricante Johnson & Johnson em março deste ano. A Davati é a empresa que está no centro das investigações da CPI da Covid-19, no Senado, por pedido de propina para a comercialização do imunizante. A citação a Mato Grosso aparece em mensagens de celular do policial militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti, vendedor de vacinas.
Conforme nota emitida pelo Executivo, foi feito um contato por email, enviado ao secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho. O secretário, por sua vez, requereu ao suposto representante uma Carta de Representação da empresa com a fabricante.
"O documento é condição obrigatória para que o Estado inicie qualquer negociação de compra de vacina, por se tratar de instrumento comprobatório e de segurança jurídica de que seja de fato uma empresa credenciada à fabricante e não apenas de intermediários", diz trecho da nota.
A nota ainda ressalta que o documento solicitado não foi encaminhado e por essa razão não houve sequência a nenhuma tratativa com a empresa. "Seja de preço ou forma de pagamento, e não respondeu a mais nenhum e-mail.O governo ainda reforça que nenhum contato foi feito diretamente com o governador Mauro Mendes".
De acordo com informações do Governo de Mato Grosso, cada dose foi oferecida ao valor de US$ 14 na proposta de venda. Segundo matéria publicada pelo site G1 MT, de cada dose comprada pelo estado, US$ 2 seriam o que os intermediários chamaram de 'comissão'.
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