A partir do dia 5 de outubro, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, começa a cumprir o período de dois anos em prisão domiciliar. A decisão foi proferida pelo desembargador Marcos Machado. A informação foi prestada pelo jornal A Gazeta, em matéria assinada pelo repórter Pablo Rodrigo.
A prisão domiciliar teria início em 3 de junho, mas houve prorrogação em função da pandemia do novo coronavírus. Além do regime diferenciado, Riva ainda devolverá aos cofres públicos a quantia de R$ 92 milhões, sendo que em fevereiro deste ano o ex-deputado já desembolsou R$ 15 milhões do valor devido. O restante - R$ 77 milhões - será pago em sete parcelas, o que inclui a entrega de bens e imóveis.
Foi dado prazo de 90 dias para que Riva possa alienas imóveis bloqueador em três cidades de Mato Grossoe em outros dois estados, a fim de garantir a devolução do valor devido, que deverá ser aplicado em obras e ações de interesse público.
As medidas são fruto do acordo de delação premiada fechado por Riva, em que revela o esquema de desvio de recursos que se instalou na Assembleia Legislativa durante os 20 anos em que esteve no Legislativo em Mato Grosso.
Dentre os fatos trazidos a tona por Riva estaria um esquema de mensalinho a 38 deputados, a fim de garantir a governabilidade dos governadores Silval Barbosa e Blairo Maggi. Também há relatos sobre compra da eleição de Mesa Diretora da Assembleia e de uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, que teria beneficiado o conselheiro afastado Sérgio Ricardo.
A delação está sob sigilo, no entanto, o desembargador Marcos Machado traz em sua decisão que informações inéditas foram compartilhadas por Riva e devem desencadear novas investigações e operações em Mato Grosso. (Com informações do jornal A Gazeta)