NOTICIÁRIO Quinta-feira, 10 de Novembro de 2022, 09:16 - A | A

Quinta-feira, 10 de Novembro de 2022, 09h:16 - A | A

VAI AO SENADO

Projeto que torna pedofilia crime hediondo é aprovado na Câmara

João Gabriel
Folhapress

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), o projeto de lei que transforma a pedofilia em crime hediondo. A proposta agora vai para o Senado Federal e, se aprovado lá, vai à sanção da Presidência para, então, se tornar efetiva.

O texto aprovado nesta quarta torna hediondos crimes relacionados à pedofilia, como a corrupção de menores de 14 anos, a prática de ato sexual na presença de criança ou adolescente e o registro e divulgação de estupro de vulnerável –o estupro de vulnerável já era enquadrado nesta categoria anteriormente. O texto, se não sofrer alterações, também aumenta a pena para este tipo de crime.

No caso de "ato libidinoso com menor de 14 anos", por exemplo, a prisão mínima passaria de oito para dez anos, podendo chegar a 30 anos em caso de morte da vítima; para prostituição de menores de idade, a pena, que era de quatro a dez anos, passa para oito a 15 anos de reclusão.

A divulgação de registro audiovisual de estupro de vulnerável, que antes previa de um a cinco anos de cárcere, pelo novo texto prevê até 12 anos de prisão.

O texto ainda abre a possibilidade de o criminoso ficar impedido de se aproximar de escolas ou frequentar parques, além de ser submetido ao uso de monitoração eletrônica. A depender do caso, o preso pode ter direito à saída temporária.

Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nos primeiros cinco meses de 2022, foram registradas quase 4.500 denúncias de abuso sexual contra crianças ou adolescentes.

De acordo com o movimento Agora Você Sabe, que faz campanhas contra a pedofilia no Brasil, atualmente quase cem crianças são estupradas por dia no país.

O grupo enviou uma delegação ao Vaticano, em junho, e conseguiu apoio do papa Francisco para o combate à violência sexual.

"Por favor, lembrem-se bem disto: tolerância zero com os abusos contra menores ou pessoas vulneráveis. Tolerância zero. Nós somos religiosos, somos sacerdotes para levar as pessoas a Jesus. Por favor, não escondam esta realidade", afirmou Francisco mais tarde, em julho. 

Os casos de abusos envolvendo religiosos são recorrentes, e o papa já expressou sua indignação contra os abusadores dentro da Igreja Católica. No ano passado, Francisco chegou a anunciar medidas para coibir os casos de violência sexual. Entre elas, foi criada uma norma que obriga membros do clero a denunciar suspeitas de violência sexual às autoridades eclesiásticas. O papa também aboliu o segredo pontifício sobre casos de pedofilia.



Comente esta notícia

Nossa República é editado pela Newspaper Reporter Comunicação Eireli Ltda, com sede fiscal
na Av. F, 344, Sala 301, Jardim Aclimação, Cuiabá. Distribuição de Conteúdo: Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Nova Brasilândia e Primavera do Leste, CEP 78050-242

Redação: Avenida Rio da Casca, 525, Bom Clima, Chapada dos Guimarães (MT) Comercial: Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 2000, 12º andar, sala 1206, Centro Empresarial Cuiabá

[email protected]/[email protected]

icon-facebook-red.png icon-youtube-red.png icon-instagram-red.png icon-twitter-white.png