Os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) votaram contrários à ampliação de 18 cadeiras na Câmara Federal. A matéria foi aprovada, com alterações, pelo Senado nesta quarta-feira (25) por 41 votos favoráveis e 33 contrários. A senadora Margareth Buzetti (PSD) não compareceu à sessão, segundo o painel de votação nominal do Senado.
Ela estava em uma viagem para Londres, acompanhando a secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, numa missão que visa atrair novos parceiros para investir na recuperação do Araguaia. Embora não tenha conseguido votar, a senadora Damares Alves registrou o posicionamento de Buzetti contrária à ampliação de vagas.
Com a mudança, a Câmara Federal passa dos atuais 513 deputados para 531 já a partir da eleição de 2026. Com isso, Mato Grosso amplia sua bancada, passando de oito membros para 10. Isso implica também em alteração na Assembleia Legislativa. O parlamento estadual, que hoje conta com 24 deputados, em 2026 passa a ter 30 parlamentares. Isso porque para cada deputado federal, são criadas três vagas de estaduais.
Um remanejamento de vagas na Câmara Federal deveria ser realizado em função do número de habitantes de cada estado, apontado pelo Censo 2022. Os locais que registraram aumento de habitantes deveriam ter sua representatividade aumentada. Já aqueles que perderam habitantes, deveriam reduzir vagas.
Perderiam vagas Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Alagoas e Rio Grande do Sul. No entanto, houve reação. Daí surge a proposta para a ampliação de vagas para contemplar os estados que ganharam esse direito. Além de Mato Grosso, também tiveram a bancada acrescida os estados do Pará, Santa Catarina, Amazonas, Ceará, Goiás, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Paraná.
“É mais um absurdo. Eu sempre me manifestei contra o aumento do número de deputados no Brasil. Isso claro, vai aumentar o gasto. O gasto público, o gasto do imposto da população em um momento desses. O governo também só quer aumentar imposto e continuar a gastança. Eu sei que a sociedade não aceita, tem pesquisas que mostram que mais de 70% da população brasileira não aprovam o aumento do número de deputados no Brasil. Em razão da emenda que foi aprovada que não vai aumentar gastos, é claro que isso não acontecerá. Os gastos serão evidentes, ao passo que aumenta o número de deputados federais, aumenta o número de deputados estaduais, vai aumentar os gastos diretamente. Por isso, sempre me coloquei contra. Nesse momento que o Brasil está sofrendo, a população cobra de todos nós políticos, nós precisamos dar o exemplo, nós do Congresso Nacional. Então não tenho dúvida que votar contra é estar sendo coerente com o que pensa a população brasileira”, disse o senador Wellington Fagundes.
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