OPINIÃO Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 10:53 - A | A

Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 10h:53 - A | A

FRANK ROGIERI ALMEIDA

A transparência como instrumento para a conservação das florestas brasileiras

Frank Rogieri Almeida

Presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal

No dia 5 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, um momento crucial para refletirmos sobre a importância das florestas e desse ativo fundamental ao nosso planeta. Este ano, quero destacar um aspecto essencial para a conservação das florestas brasileiras: a transparência. A transparência é a principal ferramenta que nos permite garantir a exploração responsável dos produtos florestais por meio do manejo florestal sustentável.

Atualmente, o Brasil possui 1,3 milhão de hectares de florestas concedidos para exploração sustentável, e recentemente, foram leiloados na B3 cerca de 450 mil hectares, divididos em quatro unidades de manejo florestal.

Este evento, considerado um grande sucesso, foi liderado pelo Sistema Florestal Brasileiro e contou com a participação do Ministério do Meio Ambiente, garantindo toda transparência dos processos. Essas conquistas demonstram que é possível conciliar a exploração econômica com a conservação ambiental.

As concessões florestais desempenham um papel crucial no desenvolvimento social e econômico das comunidades que habitam as florestas. Elas permitem que os povos que vivem nesses ecossistemas se beneficiem de forma sustentável, ao mesmo tempo em que delegam aos concessionários a responsabilidade pela conservação das áreas. É um modelo que promove não apenas a preservação, mas também a dignidade e a qualidade de vida para as famílias que dependem da floresta.

Paralelamente temos os manejos florestais em áreas privadas. Somente em Mato Grosso, são 5 milhões de hectares que estão sob a tutela de proprietários comprometidos com a produção sustentável, retirando os ativos florestais ao mesmo tempo em que conservam a biodiversidade.

Vale lembrar que a produção de madeira nativa segue rigorosos critérios que incluem a classificação da vegetação, a delimitação do ciclo de corte, que é a idade mínima das árvores coletadas, a definição da intensidade de corte, que é a proporção entre a produção e a conservação e a certificação da origem. Além disso, as áreas de manejo são devidamente monitoradas e fiscalizadas, responsabilizando os proprietários por qualquer irregularidade que possa vir ocorrer. 

Em um ano em que o Brasil se prepara para receber a COP 30, precisamos apresentar ao mundo nossos modelos produtivos sustentáveis, que respeitam a biodiversidade e promovem o desenvolvimento econômico.

Nossa legislação é extremamente rigorosa e assegura a conservação da nossa rica biodiversidade. No entanto, precisamos garantir que toda essa riqueza ambiental se traduza em desenvolvimento social e econômico. Não podemos permitir que a população da região Norte continue a enfrentar a miséria e a criminalidade. É nosso dever apoiar aqueles que produzem de forma correta, em conformidade com a lei, gerando renda para suas famílias.

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, vamos celebrar o que dá certo. Vamos promover a transparência e a responsabilidade na gestão das nossas florestas. Juntos, podemos construir um futuro onde a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico caminhem lado a lado. Viva a floresta a viva!



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